quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Apenas uma pintura, um rascunho de homem, do qual nunca estará totalmente acabado.  Troco cores e comportamentos, seguindo ou excluindo conceitos cristalizados da verdadeira maneira de pincelar. Algumas vezes olho pra tela e vejo uma imagem clara, decidida e segura dos seus julgamentos, mas, em questão de segundos toda a figura muda, torna-se uma coisa sem foco; não sei dizer se é um autorretrato, uma pintura abstrata ou imagem de natureza morta. Diante disso, me pergunto: qual o sentido de vida dessa “criação”? Por que nunca terá a pincelada final? Por que essa sensação de que falta algo e que devo procurar por uma cor que nem sei qual é? Frente a tantos questionamentos, chegou a conclusão de que preciso dessas dúvidas, pois são elas que me fazem levantar todos os dias, que contribuem e geram meu crescimento, e que a pincelada final virá juntamente com a morte, uma vez que, alguém colocará essa quadro em sua parede e admirará todo o seu traçado, afirmando que este contribuiu de alguma maneira para esse enorme museu chamado mundo. 

2 comentários:

  1. Sem palavras meu querido!

    Assim somos todos nós, seres inacabados, sempre precisando de retoques, pinceladas... dias brilhantes, radiantes; dias apagados sem foco algum. Mas é assim que tem que ser, senão nada teria sentido. Deus é perfeito, a natureza é perfeita e nós...

    Um abraço.
    Tia Mônica

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