segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Quatro estações.

















Serei inverno, verão, outono ou primavera? 

As vezes frio e chuvoso, sim chuvoso, tentando fazer das lagrimas, uma tempestade para lavar a alma e levar embora as marcas do que você me fez de errado, ou melhor, que na minha percepção foi errado. Em outro momento sou tomado por desejos bem quentes, desejos estes quase instintivos - nada de sentimentos, prazer apenas - e acredito que é nessa estação que a maioria dos sujeitos vivem, que como eu estão cansados ou com medo da temporada das flores, da qual na maioria das vezes, obtive apenas os espinhos. Mas meu superego me mostra que estou errado, que não posso generalizar, cada vento que passa por mim, tem uma força, um sentido e aroma diferente. Começo então, a livra-me dessa folhagem seca, preciso recomeçar e estar preparado para a chegada da primavera. E como diria um certo vento: Primavera de tantos amores.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Apenas uma pintura, um rascunho de homem, do qual nunca estará totalmente acabado.  Troco cores e comportamentos, seguindo ou excluindo conceitos cristalizados da verdadeira maneira de pincelar. Algumas vezes olho pra tela e vejo uma imagem clara, decidida e segura dos seus julgamentos, mas, em questão de segundos toda a figura muda, torna-se uma coisa sem foco; não sei dizer se é um autorretrato, uma pintura abstrata ou imagem de natureza morta. Diante disso, me pergunto: qual o sentido de vida dessa “criação”? Por que nunca terá a pincelada final? Por que essa sensação de que falta algo e que devo procurar por uma cor que nem sei qual é? Frente a tantos questionamentos, chegou a conclusão de que preciso dessas dúvidas, pois são elas que me fazem levantar todos os dias, que contribuem e geram meu crescimento, e que a pincelada final virá juntamente com a morte, uma vez que, alguém colocará essa quadro em sua parede e admirará todo o seu traçado, afirmando que este contribuiu de alguma maneira para esse enorme museu chamado mundo.